Vou boicotar

Tá certo que no mundo da moda, a vaidade muitas vezes é a maior top model. Mas quando o sucessso da marca sobe à cabeça de seu criador, a vontade que dá é de boicotar. Parar em frente à vitrine e antes de entrar na loja, lembrar que o cara que desenhou aquela roupa é uma figura abominável.
Por sorte, ainda não tive o desprazer de trabalhar com o Fred D´Orey. Mas todas as pessoas que conheço e que tiveram essa experiência voltaram falando a mesma coisa: o cara é extremamente grosseiro e arrogante.
A comparação com a Osklen foi inevitável. As duas marcas nasceram na zona sul do Rio, mais ou menos na mesma época. Apesar de terem estilos bem diferentes, as duas carregam em comum o ar despojado-chic tipicamente cariocas e são administradas por empresários com perfis até certo ponto parecidos: os dois são quarentões estilosos e antenados, pegam onda e ditam moda no Rio. A grande diferença é que o Oskar é um gentleman. E quem já trabalhou com ele sabe disso. Até para reclamar sabe ser educado. E isso faz toda a diferença.
É por isso que a Osklen rompeu as fronteiras da Visconde de Pirajá e da Oscar Freire e chegou a Lisboa, Londres e Paris, enquanto a Totem tira onda por estar na Daslu.
Posso não fazer nenhuma diferença no caixa do Fred D´Orey, mas na Totem não entro mais.
PS.: As fotos aí em cima são do desfile da Osklen, claro!
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